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Vinho em Bag-in-Box, um novo lifestyle?

Manuel Moreira • jun. 01, 2023

Adaptação a novos estilos de vida, novas formas de consumo e novas gerações de consumidores mais abertas à inovação, sensíveis em relação às questões ambientais e de sustentabilidade e que geram momentos de consumo, fazem acelerar o uso de embalagens menos tradicionais no consumo de vinho. 

O conceito de transportar líquidos numa bolsa data de há muitos séculos atrás e já na antiguidade se guardava os vinhos em recipientes flexíveis de pele de cabra. Durante boa parte do séc. XX, o sistema de um Bag (saco) dentro de uma Box (caixa) junto com um sistema de toneira para retirar o vinho, foi progressivamente sendo desenvolvido.


A praticidade, a higiene e economia de espaço dos recipientes foram pontos favoráveis para Bag-in-Box, há muito usado por muitas indústrias além da do vinho.


O vinho em Bag-in-Box, foi sendo percebido, pelos consumidores mais tradicionais, como sendo de menor qualidade, associado a um nível de qualidade equivalente ao vinho de garrafão. Contudo, em alguns mercados o formato é muito valorizado e utilizado. 


Segundo um artigo da revista Decanter, “o vinho em 'bag in box' - tem gozado de um recente aumento da procura, o que sugere que os hábitos e perceções dos consumidores podem estar a mudar”. Os efeitos da pandemia parecem ter dado novo fôlego ao uso de outras embalagens para o vinho além da garrafa de vidro. Ainda segundo a mesma revista, é referido que em 2020, o supermercado Sainsbury's informou que as vendas de vinhos "bag in box" galgaram “41% de ano para ano durante o período de bloqueio. 28% dos que os compraram tinham entre 25 e 34 anos”.


Cada vez mais estilos de vinho vão aparecendo embalados neste tipo de packaging. A qualidade do vinho pode ser de qualidade elevada, havendo sinais de tendência para a premiumização dos vinhos. 



Hoje, estes formatos respondem a um conjunto de questões, ecológica e financeiras que estão na base de critérios de decisão por parte de consumidores mais jovens. Têm definitivamente um papel diferente do da garrafa de vidro. Sendo a conveniência, leveza, maior volume em menor espaço, o ser descartável e higiênica, sem risco de quebra, perfeitas para momentos de consumo mais descontraídos, sejam em festas, piqueniques, ou outros quaisquer. São também eficazes a reter a frescura por mais tempo do que uma garrafa aberta. Isto é particularmente útil para aqueles que só querem o copo ocasional.




Augura-se a este e a outros formatos, que não a garrafa, forte crescendo de uso em face de o packaging do vinho, em especial o vidro, ser um dos mais fortes responsáveis pela pegada de carbono. Inovação, criatividade e apresentação apelativa serão elementos adicionais a compor uma imagem de valor. 

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Apelo à redução de mais de 12 000 hectares de vinha na Califórnia vem do presidente da Allied Grape Growers, Jeff Bitter, que menciona especificamente o excesso de terra cultivada com vinha em Central Valley, Lodi, Mendocino e até Sonoma.
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